domingo, 21 de outubro de 2012

Pro Evolution Soccer 2013 | Crítica


Pro Evolution Soccer 2013

Pro Evolution Soccer 2013

Japão , 2012
Esporte Konami
Bom
 
 
 
Desde o começo da atual geração de consoles, Pro Evolution Soccer patina para achar uma fórmula que a recoloque no panteão dos grandes jogos de esporte. Durante quase seis anos, a Konami corre atrás da concorrência em termos gráficos e, principalmente, na jogabilidade, quesito preponderante para o sucesso de um game deste estilo. Com PES 2013, finalmente a série parece ter achado seu caminho ideal e pode começar a pensar em reaver o trono que por tanto tempo a pertenceu.

O principal e mais importante avanço foi a escolha por um controle mais realista e cadenciado, assim como o ritmo de um jogo real. Não há mais a possibilidade de chegar ao gol adversário em três toques, ou partir em velocidade com um craque como Messi ou Cristiano Ronaldo. Outro fator que
melhora a disputa e faz com que o jogador precise se dedicar muito para controlar os comandos do game, é a clara vantagem dada aos defensores - característica comum na série FIFA. Os chutes ainda são, de certa forma, automáticos e por vezes soam irreais, mas não há como passar entre dois zagueiros com facilidade ou sempre ganhar a disputa no alto.
Não é a primeira vez que PES tenta incluir uma jogabilidade mais realista. No entanto, nenhuma outra tentativa conseguiu estabelecer uma relação entre a física da bola e o controle dos jogadores em campo com tanta eficácia. Há muito o que melhorar, os cabeceios ainda não são suaves, os goleiros espalmam demasiadamente a bola e o sistema de defesa ainda precisa de aprimoramento - dar o bote de forma certa não é difícil, mas sempre parece que o zagueiro se torna um robô durante alguns segundos, tamanha é a baixa qualidade da animação. Ainda há um tempo de reação razoavelmente longo entre o comando no joystick e a execução no game, nada que incomode ou faça a partida ser interrompida, mas o suficiente para receber uma atenção a mais na próxima edição.
Por mais que seja esperado e exigido pelos gamers, não há nenhuma evolução gráfica possível com a atual engine. Além de manter a aparência dos jogadores idêntica ao game lançado em 2011, o jogo não melhorou em absolutamente nada as animações dos bonecos. Se no momento da partida esses defeitos se escondem por trás de uma jogabilidade renovada, na hora das comemorações ou dos close-ups é que a defasagem dos gráficos fica evidente. O jeito dos jogadores correr e a forma como conduzem a bola ainda é robótica e lembra os piores exemplares da franquia, lançados antes de 2010, quando os avatares pareciam bonecos de pebolim. Desta forma, neste quesito, o ponto positivo vai apenas para as novas localidades e situações diferentes, como a aparição de treinos na Master League ou a inclusão de estádios como o Morumbi e a Vila Belmiro.
A inserção destes campos é apenas um exemplo da dedicação exemplar que a Konami teve ao público brasileiro. Mesmo que não exista semelhança física na reprodução de alguns jogadores, todos os times da primeira divisão do futebol brasileiro estão lá.
 Mais do que isso, os elencos - mesmo que temporariamente desatualizados - correspondem exatamente à realidade; o Santos é dependente de Neymar, a defesa do Corinthians é a mais forte, o meio-campo/ataque do Fluminense é excelente, do Palmeiras só se aproveitam Barcos e Marcos Assunção, enquanto no Vasco, Juninho Pernambucano bate faltas de forma perfeita. Além disso, as dancinhas características dos jogadores estão presentes, assim como a cômica narração de Sílvio Luís e os comentários de Mauro Beting. A tão criticada adição de "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló, é totalmente compreensível, tendo em vista o sucesso que a música fez no mundo inteiro, e mais ainda no meio futebolístico.
Os clubes brasileiros também podem ser usados na Master League, que tem a Libertadores como principal adição. Neste modo, os confusos menus da franquia se mostram piores do que o comum. Por terem adicionados uma série de elementos de RPG - como evolução e compra de itens -, existem mais telas de configuração do que o normal. Então, se o simples "plano de jogo" já não é intuitivo, seus derivados ficam ainda piores; é preciso algum tempo para entender e se acostumar com as inúmeras telas que precisam ser vistas até, finalmente, chegar à desejada partida. Os modos d

e copa, campeonato e semelhantes começam a mostrar certa defasagem, não há novidade em nada, a não ser pela adição de novas ligas.
Ainda existem inúmeros defeitos e os gráficos estão cada vez mais datados, mas o que importa, no final, é que PES 2013 mostra um caminho mais seguro para franquia seguir. Não há como se dedicar exclusivamente a uma jogabilidade fácil e mecânica, com o avanço das engines e a iminente demanda por um game mais realista. Nesta edição, a série se inspira no estilo de jogo da concorrência, finalmente mostra controles eficientes e usa muito bem suas exclusividades para começar ameaçar o longo reinado de FIFA.
 

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